Dizem que bichos e seus donos se parecem. Adriano e o seu cachorro não se pareciam. Nem um pouco, aliás, Adriano sendo um cara alto e esguio e o cachorro um tipo trêmulo de pequenês. Nada em comum entre o dois, um apenas tolerava o outro. Existiam momentos de franca cooperação, no entanto, e isso acontecia quando Adriano passava mel no pau pro cão lamber.
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Uma gata
A gata acordou no meio do dia. Meio dia? Será o meio do dia? Espreguiçou-se, olhando para as patas. Súbito soube, atinou. Fodeu! Aquele era o primeiro minuto. O primeiro minuto da sua última vida. Mas como foi rápido! Fixou os olhos no horizonte. Confirmou que o mundo, mais uma vez, continuava o mesmo. Passou a língua em si. Também continuava a mesma. Fechou os olhos. Tremeu. Era hora de labutar, de novo e urgentemente, sobre a questão primordial. E agora?
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Um conto de fodas
Era Uma Vez Um Ogro. Esse gostava de jantar crianças, de nadar no rio e de zoar por aí. E também adorava foder. Especialmente com as fadas. Aqueles corpinhos pequetitos eram como se fossem uns quitutes de feira. E suas bucetinhas? Seu prato preferido. Pudins quentinhos.
Foi numa certa noite, depois de ter comido duas crianças e fodido com dois outros ogros (paus amigos) que ele encontrou Essa Uma. Uma fadinha branca. Desde Sininho, não se via uma criatura assim. Sabe carinha de pin-up? Sabe corpinho de pin-up? Sabe gostosuras de pin-up? Pois então. Continuar lendo
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